sábado, 31 de março de 2012

Da cor de cobre




Cobre a lua, nuvem cinza vermelha carregada d’agua.
sorrisos esbranquiamarelos soltos sem agulha para calar.
o caminho já conhecido percorrido pelos amores de quase meia noite, cantam músicas já cantadas.
Cobre o sorriso da lua, a cor.
Uma quase tristeza, o sorriso cor de cobre.
Também o amor, que escorre as vezes pelos olhos e mãos, cobre a cor.
A cor do amor.
Mas o sorriso cobre da lua, não cobre a saudade que fica.
Que as vezes parte.
E quase sempre fica.
Por mais desmerecedora de tal sentimento, fica.
E parte os pedaços. Soltos.
A saudade dentro do peito queima, o vazio que a falta cava.
Um dia hei de ser um terreno fértil. Para que qualquer tipo de sentimento possa ser cultivado.
Qualquer um mesmo.
Assim, nem o cobre da lua, nem a falta que você me faz, há de deixar novamente infértil.
Esse terreno frio e vazio que hoje sou; Que a lua esconde com sua cor de cobre.

Porta, retrato do mar.

domingo, 25 de março de 2012

Do terminal ao presente






É que por você tenho um amor que é maior que eu ou tudo que sinto.
Há tempos te guardo entre meus glóbulos vermelhos e batidas disritmadas do coração.
Antes em ti, o passado se fazia presente de uma forma abusiva e degradante. Em mim, fiz deste, uma anormal apatia ao tal.
Hoje, o passado que ainda se faz presente, reflete num amanha futuro mais seguro, e coberto sobre cirandas de amor.
Olhos e olhares, toques e beijos.
Quero-te por demais. Teu amor por mim que me engole a cada palavra tua, beijo teu, corpo nosso; Queimando um no outro... É o nosso amor, no maior dos maiores prazeres já tidos por nós.
É o reencontro de duas almas que nadavam perdidas por lugares impróprios, não permitidos... incertos.
Agora juntas, confundidas com raios solares quando dia, lunares quando noite.

Porta, retrato do mar.

(...) Sem algo ser .





Posso até me acostumar com essa remota solidão que novamente me acompanha.
Quero-te se quiseres ser meu; Meu amado, meu lar, meu planeta Vênus.
Existe uma roda que gira com a rotatividade do respirar, ás vezes a temo.
O tempo que nunca parou me joga na cara o que hoje não consegui ser.
Existe um templo do outro lado do rio aguçando a minha curiosa vontade suicida de me jogar no mar da vida. Aquele que despedaça ou glorifica alguém.
E quase todos os dias, acordo com medo de não ser o que no ontem foi plantado.
Medo de não ter conseguido, misturar-se a correnteza do mar.
Hoje, amo-te como a mim mesmo (...)
Consigo enxergar a essência do seu ser.
Mesmo em dias nublados, o sol continua a brilhar e
aquecer os corações que gelados se tornaram pelo sereno da noite.
A lua esconde-se com frequência, e ainda sinto calor quando deveria sentir frio.
(...)

Porta, retrato do mar.