domingo, 22 de dezembro de 2013

Re-nasce(i)r(mento)




Dez-embro.
Apesar de Doze
Soma-se a um;
Primeiro.
Sou o que completa o ciclo.
A primavera estendida.
O ultimo Um que falta.
Completo (O) Dez-embro.
E chove na cidade inteira...
Também dentro da minha projeção Gêmea.
E dentro da balança que equilibra O Nove
Ora Escorpiões, ora Centauros
Se assim olharmos para a nascente do Poderoso Rei.

O final proporciona um começo, novo.
?

E quando se chega ao fim de uma jornada,
cujo Karma é superado na junção de Dois Triângulos:
não o Dez-embro, nem o Primeiro e o restante,
mas, o ultimo Raio Sétimo que transforma tudo
em cosmo.


Porta-retrato do mar.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Flor de Sal




Ter-te novamente.
É:
Se render a mim mesmo.
Bem que tu sabes.
Essa exacerbada redundância.
É:
Desperdiçar a vida, e o corpo, e o espirito.
Despedaçando-se pela falta, vamos navegando
sem querer saber em que cais o coração há de naufragar.
E assim navegando,
para finalmente,
quando a volta ser dada por completa.
No gelo dos nossos hemisférios,
queimar um ao outro com o fogo do nosso amor.


Porta-retrato do mar.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

- it .






Não sabia como começar.
Aceitou enlouquecer sem nada em troca, nem mesmo entender, como.
Compreenda que entre os dedos, ela tinha as horas, sobre controle.
E nunca teve medo do próximo instante, o desconhecido.
A vida sempre lhe foi vista como um presente do universo, ao qual
vivia para, não descobrir quem de verdade é-tornarar-se-ia.
Ser-Sendo-Sempre.
Não tinha medo de perder.
Foi-lhe concebido morrer todos os dias para não descobrir.
Mantinha-se em mistério.

Em espelho algum conseguistes achar teus olhos,
enxergava o próximo, nunca a si.
Enlouquecerá por não aguentar viver, não mais, em cegueira existencial.

O céu explodiu.
Entregou-se:
A correr desesperadamente nua.
Silenciosa e cega, banhou-se com a liberdade de não morrer mais.
E sete vezes, foi atingida, por raios que de diferentes direções surgiam.

Então,
ali caída sozinha,
despida de todos os seus pecados que perdoados foram pelo temporal que ainda não cessará, vagarosamente abriu os olhos, sem esperança alguma ou conhecimento de si,
tocou-se.
Sentia um enorme calor tomando conta do seu corpo.
E quando deu por si;
percebeu que estava a sangrar.






Porta-retrato do mar.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Espelho d'água




IN-Felicidade.
Quantas significações podemos encontrar?
Uma..s, ?
Vida, estaria dentro ?
Mas, o que Ser? , para reverter o prefixo ?
Quantas celas-sílabas conseguimos encontrar,
se pensarmos um pouco?

Útil-IN.
O inverso tem o mesmo sentido?
IN-Útil.
É a vida?
a qual foi tomada como referencia...

Claro-que-não.
?

É aquele que acha o contrario?
De que?
O mesmo é sempre o numero zero.
?
Nada a servir.

Quantas formas tem a vida?

Circular, isóscele, quadrada,
em ondas, linear...
?

O que fazer com o grito calado?
Mudo.
Não vira bosta.
Não sai pelo cú.
É mais fácil se afogar quando se nada contra o rio.
Pode-se-ser ;
Como os degetos, despejados no próximo desaguar.
Ora mar,
ora mar-é-morta.


Porta- retrato do mar

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Reverso





Segunda- feira dos silêncios.

Sonhos com a morte na noite de domingo
 e a repressão  feita no cair da tarde escaldante,
do segundo dia da semana.


Tantas pessoas se perdem em outros lugares, e aqui também não é diferente.
Seja nos labirintos da mente, ou nos desencontros na linha do tempo.


Astrologia, religião, mudança de foco, maturidade, falta dela, ou apenas destino.
traçados por sabe-se-lá-quem.


Um dia ouvi dizer que o tempo é a verdade,
talvez a única.


Vindas da cidade grande até a casa no campo.
Dentro ou fora, de si, ou das quatro, dezesseis, ou quantas forem,
paredes, as pessoas se perdem.
Não existe quando.
Você não escapa.
Nunca.

Até que acaba por parar em algum lugar,
sendo talvez o mesmo, ou outro, quem sabe?
 Ninguém.


Esperando por se perder novamente,
 e por fim se encontrar,
ou nunca isso.


Vagar no vai-e-vem da loucura que a insônia causa
até o próximo plano.
A folha virada.



Porta-retrato do mar.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013



Decidiu comprar
Colar de perolas, batom vermelho e salto preto.
Não sabia exatamente qual a roupa do corpo.
Provavelmente iria nua.
Tantas outras vezes já esteve, e logo ela, adepta
de uma vez mais.
Sempre mais uma vez:
Mais uma carreira, mais um cigarro,...
Mais uma vez nua, uma foda a mais.
Mesmo que não tão proveitosa como as do inicio da noite.

A lua não estava para feitiço, ritual ou desejos.
Restava-te  se guardar.
Ficar em casa de branco,
tomar um copo de leite com cravo, sal e hortelã.
Pura.
Como o leite.

Decidiu arrebentar-se no rebentar da beira,
assim em frente aquela maré podre,
mangue.

Misturou-se com porcos, cachorros e ratos.
E ao meio dia,
acordou comendo lama.

Porta-retrato do mar.

domingo, 16 de junho de 2013

Sem barra(r)





Já que não existe amor em SP
volte para os meus quentes braços nordestinos
que um novo lar faremos.
Toda'quela magoa foi-se.
Cigarros consumidos evanescendo Toda'quela.
Assim que sei do teu código,
tu me ler com seus instintos
e surtos momentâneos.

" Love me or leave me",
all night on us
that song... Just we know
Nina Simone Knows.

Mas, que também se for plástico,
barro ou de papel, tudo no fim vira pó;
Assim como nós;
Fullgas nessa vida efêmera.
No instante Já, dentro de Nós.
Viajando com o vento.
Sendo gratos a vida.
Estando inteiramente Vivos.

Porta-retrato do mar.


terça-feira, 30 de abril de 2013

Desacreditar, não-teu.





Sete vezes O Vestido Preto.
O Vestido Preto.
Preto, O Vestido.
Porque é um número perfeito, dizem.
Foi criada entre eles.
Falece as pálpebras, deixando-as escuras.
Anoitece a vida.
Faz o Grande estar Pequeno.

Garbo.
Garbo.
Garbo.
Garbo.
Garbo.
Garbo.
Garbo.

De Vestido Preto;
Trancada dentro de Si;
Fora do Mundo.
Olhos sem nada enxergar.
Transgredindo a Alma aos Ancestrais.
Um dia garota, dirás para si, diante do espelho:
Que hoje você não vai chorar até dormir.

Porta- retrato do mar

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Andar




Eu que carregado de amor estou
sem querer usar a primeira pessoa, pois sou outras também
tanto na primeira, na segunda e nas demais manhãs
carrego energias absorvidas das luas de primaveras, outonos...
é que na liberdade encontro todo esse amor que necessito.

Alimento-me de fragmentos e triângulos.
Tranformo-os em calmaria, e sorrisos desenfreados e absurdos ao seu ver;
um ver vulgar, fullgas e banal.

Desconheco-me a medida que caminho.
Ando para o conhecimento da vida, não de mim.
Vou voltar andando, sempre.
Abismo, colossal, com os pés que nunca descansam.
Hei um dia de morrer, e continuar a voltar andando;
Ir andando.

Deixo a fogueira da vida me queimar, até a imploro que isso faça.
Me acalmo com os rios e mares que em mim desaguam e nos que desaguo.
E os ventos que balançam meus cabelos
sopram em meus ouvidos que estou vivo.

Porta-retrato do mar.