segunda-feira, 4 de novembro de 2013

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Não sabia como começar.
Aceitou enlouquecer sem nada em troca, nem mesmo entender, como.
Compreenda que entre os dedos, ela tinha as horas, sobre controle.
E nunca teve medo do próximo instante, o desconhecido.
A vida sempre lhe foi vista como um presente do universo, ao qual
vivia para, não descobrir quem de verdade é-tornarar-se-ia.
Ser-Sendo-Sempre.
Não tinha medo de perder.
Foi-lhe concebido morrer todos os dias para não descobrir.
Mantinha-se em mistério.

Em espelho algum conseguistes achar teus olhos,
enxergava o próximo, nunca a si.
Enlouquecerá por não aguentar viver, não mais, em cegueira existencial.

O céu explodiu.
Entregou-se:
A correr desesperadamente nua.
Silenciosa e cega, banhou-se com a liberdade de não morrer mais.
E sete vezes, foi atingida, por raios que de diferentes direções surgiam.

Então,
ali caída sozinha,
despida de todos os seus pecados que perdoados foram pelo temporal que ainda não cessará, vagarosamente abriu os olhos, sem esperança alguma ou conhecimento de si,
tocou-se.
Sentia um enorme calor tomando conta do seu corpo.
E quando deu por si;
percebeu que estava a sangrar.






Porta-retrato do mar.

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