sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Tarântula



Todo e qualquer dia contável,
assim sendo,
fora do quarto, aonde deita o travesseiro
nos olhos borrados da maquiagem barata,
de cabeça para cima,
o teto é um vazio que representa o sentir.
Colocando cada vez mais força para apertar a face chorosa.
Uma frustrante tentativa de engolir a maré apodrecida,
são os sentimentos desconhecidos escorrendo sem o saber.
É o pagamento àqueles todos que sofreram pela magia da palavra inventada,
pura ilusão.
Maquiagem .
Corpo perfumado.
Não que seja a justiça da moral,
 fazendo-vos isso,
o espelho,
amigo-cão-inimigo-onça, instintivamente em um ringue.
Se jogam no que entendem por : “ O encontro “.
Até aquela que maquiadamente se mostra desprovida dos artifícios,
com a mentira de si, joga.
“Astuciosamente” vão tecendo uma teia que nunca chega a tomar forma,
caindo sempre na ilusão oferecida pela planta cuja reprodução imagética
diz repetidamente " verdadeira cobertura"
 ou algo similar a salvação.
Uma a uma até chegar a todas,
as noites,
queimadas não mais,
a fogueira coberta de lama,
vetada de fazer o seu oficio,
queimar,
ação submetida ao barro,
esse que misturado a  água, bosta e sangue,
mescla,
inibidora de fogo,
mais forte que.

As palavras estão se negando a tomar forma.

Bruxa seria uma roupa bonita e admirável a se classificar.
A essa, que mostra-se como, e a ti não se nega.
Prostituta do sentimento-qualquer, aos meus olhos remotamente suburbanos
é uma ótima cor para se começar uma tela sobre o caos.


Porta-retrato do mar.

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