sábado, 31 de dezembro de 2016

À água-degelo





Aopeixe-cunhão




O alimento posto com olhar firme à travessia sacia planeta certificado de solidão
vulcões silenciosos
trovões rígidos
águas truculentas
cursam um mapa perdido à contradição inexata...

A atmosfera do rito
desde a gestação da criatura-momento até o embeber das peles
é o próprio acontecer intransigente dos instintos
que serpentes-águias
possuem a visão tátil
do que mais primitivo e sagaz tem a caçada pela vibração do desejo

Não não há virgula para o irreparável
O código do gemido é onomatopeico
um eco do instrumento galaxial corpo corpus
um som de prazeres que coexistem e intercambiam substância.

O corpo é o instante
do que se desconhece provocar
e discos voadores desaparecem fullgás no cosmos.

Tudo mudo embrulhado em timidez
se desfaz no circuito do toque.
Silêncios ao contrário, cavalos-animais, magmas frutíferos
tempo sem relógio
obscenas esculturas, demolição dos arquétipos, degelar salinos
as peles
incontroláveis cachoeiras.

Os encontros
mantêm seu mistério na metáfora.










autor: porta-retrato do mar

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