sábado, 24 de dezembro de 2011

Quando Setembro Acordou




Meus olhos são portas que seguram todas as lagrimas de séculos vivendo na escuridão.
E meu amor que guardado para uma outra vida, escorre pelas portas que hoje decido abrir.
Olhos e ouvidos bem atentos para o querer da pele.
Não esperava que Setembro aparecesse novamente para me abraçar com seus signos e mãos.
Virgem.
Castanhos, são seus olhos que iluminam ao meu ser quando encontram os meus. Mais claros ficam pelo dia.
Neve, sua pele macia e com cheiro de águas do destino que afogam o meu orgulho.
Ainda temos muito para ver, pois estamos abrindo as fechaduras dos olhos que se privava de um amor qualquer, talvez prevendo esse.
Foram muitas as pedras, águas e ruas que passamos por essa semana, mas, o vento soprou nosso rosto e enxugou todo suor causado pelo desgaste e desencontros que a inveja alheia causava a nos ver.
Esse segredo que não poderia ser revelado a quase ninguém daquele mundo móvel que nos levava ao nosso ‘destino final’
Cobertor e luz apagada.
Luz das estrelas lá fora, não iluminavam quanto queríamos, estávamos no mundo cheio de estados e capitais que nos levava ao nosso ‘próprio mundo’.
É que no futuro aquele destino poderá não ser mais o nosso.
Alguém sempre se muda para outro planeta, não há como correr, pelo menos não quando é pra ser.
E vamos viver enquanto há vida.
Porque se hoje somos gotas de chuva que caem em algum buraco seco, juntos poderemos nos transformar em mar.

Porta, retrato do mar.

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