domingo, 25 de março de 2012

(...) Sem algo ser .





Posso até me acostumar com essa remota solidão que novamente me acompanha.
Quero-te se quiseres ser meu; Meu amado, meu lar, meu planeta Vênus.
Existe uma roda que gira com a rotatividade do respirar, ás vezes a temo.
O tempo que nunca parou me joga na cara o que hoje não consegui ser.
Existe um templo do outro lado do rio aguçando a minha curiosa vontade suicida de me jogar no mar da vida. Aquele que despedaça ou glorifica alguém.
E quase todos os dias, acordo com medo de não ser o que no ontem foi plantado.
Medo de não ter conseguido, misturar-se a correnteza do mar.
Hoje, amo-te como a mim mesmo (...)
Consigo enxergar a essência do seu ser.
Mesmo em dias nublados, o sol continua a brilhar e
aquecer os corações que gelados se tornaram pelo sereno da noite.
A lua esconde-se com frequência, e ainda sinto calor quando deveria sentir frio.
(...)

Porta, retrato do mar.

2 comentários:

  1. "... enxergar a essência do ser. Mesmo em dias nublados..." Quando amamos o outro , conhecê-lo desta forma é uma sublime sintonia. Perfeito!

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