quinta-feira, 25 de abril de 2013

Andar




Eu que carregado de amor estou
sem querer usar a primeira pessoa, pois sou outras também
tanto na primeira, na segunda e nas demais manhãs
carrego energias absorvidas das luas de primaveras, outonos...
é que na liberdade encontro todo esse amor que necessito.

Alimento-me de fragmentos e triângulos.
Tranformo-os em calmaria, e sorrisos desenfreados e absurdos ao seu ver;
um ver vulgar, fullgas e banal.

Desconheco-me a medida que caminho.
Ando para o conhecimento da vida, não de mim.
Vou voltar andando, sempre.
Abismo, colossal, com os pés que nunca descansam.
Hei um dia de morrer, e continuar a voltar andando;
Ir andando.

Deixo a fogueira da vida me queimar, até a imploro que isso faça.
Me acalmo com os rios e mares que em mim desaguam e nos que desaguo.
E os ventos que balançam meus cabelos
sopram em meus ouvidos que estou vivo.

Porta-retrato do mar.

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