O que sentia Donna ao atravessar esquinas da cidade aonde o
espectro e seus lábios e olhos e pele a abraçara com força, sangrando as carnes
que coabitavam-se gritando a dor muda
sem signo de ambas, ambos gritos sem código, sozinhos em seus corpos não lidos,
engolida saliva áspera abaixo, linguagem vertiginosa, as pernas sempre frouxas
e a boca, desenho fechado que as cordas carcomidas pelo acido, o que faltava,
ainda saliva do corpo externo; restos de restos de lixo e animais mortos,
passos desconhecidos e pneus; gargantas psicóticas, escuridões e vultos, fundidos ao espectro, existência: que
se fundia a água, modificando-a, engolida áspera aproximação; anexo: lenta, lerda e tensionada,e moinhos que a
madrugada; terreno incerto, molveidiça idéia de chão, se faziam observadores a
busca de satisfação a seu paladar cruel e metafórico no asfalto que teus
saltos; engenho, designer,recurso,que te empoderavam de efeito os olhos a
enfrentar outros ,que desconhecidos olhos; guardavam finalidades de rios
sangrentos, adulterados alimentos a verter o corpo a uma dobra, curva,
tormento,a um obstáculo de si,a padecer lentamente ao prazer dissimulado alheio
pela mortificação, e outros menos humanos; líricos e melancólicos, carentes
corações; músculo do Amor, veias exterior ao corpo iluminadas pelos astros:
mancas ,movendo-se sob a luz entre espinhos de flores murchas e uvas azedas,
chorosas criaturas presas em pergaminhos mágicos , e tudo é chá, charutos e
arpas e Amor, e uma boa noite de sono após o banho num rio de leite nalguma
montanha enfeitiçada que Girassóis e Hortênsias e Tulipas cantam o Tempo Amar.
No vento que cada criatura deixa; rastro, de alma passeante a procura calculada da satisfação do envelhecido papel que queima em casa, em terra, em alma, em espelho e céu e inferno criados, Donna sentia-se beijada pela solidão paralitica da mulher profunda, que notas de um samba choroso evocado pela boca andrógena de palavras foscas, pronunciava, e os sopros, o vento que há nas notas, a fazia fechar os olhos e aceitar companhia; a transmutação biológica do encontrado, a experiência, possesão e o Tango sangrento de corpos rígidos que dançam juntos ferindo a carne suada uma na outra em sangue a deriva do palco, desenhando geometrias solitárias no passo perfeito da ilusão de univocidade, movimento aos olhos alheios que pouco te olham e também a Dama.
Ela e a noite: imagem portadora de único significado.
No vento que cada criatura deixa; rastro, de alma passeante a procura calculada da satisfação do envelhecido papel que queima em casa, em terra, em alma, em espelho e céu e inferno criados, Donna sentia-se beijada pela solidão paralitica da mulher profunda, que notas de um samba choroso evocado pela boca andrógena de palavras foscas, pronunciava, e os sopros, o vento que há nas notas, a fazia fechar os olhos e aceitar companhia; a transmutação biológica do encontrado, a experiência, possesão e o Tango sangrento de corpos rígidos que dançam juntos ferindo a carne suada uma na outra em sangue a deriva do palco, desenhando geometrias solitárias no passo perfeito da ilusão de univocidade, movimento aos olhos alheios que pouco te olham e também a Dama.
Ela e a noite: imagem portadora de único significado.
A passos lentos, felinos: orgânico instinto natural da noite na rua, um espelho
refletor do seu objeto que se busca, agora outro, ilusão sua tocada do
macropensamento, ela liquido solido; geométrico, ingerível , não etéreo, é o Sim.
E já não há diferença entre máscara e pele. Sim. Os olhos, obedientes a
geografia, florecem qualquer cor. Sim. Eu não tenho sobrenome. Donna. Sim. Sou verbo;
classe de palavra que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. O que caracteriza
o verbo são suas flexões e não seus possíveis significados, sou. Sim.
Donna entra no carro.
Donna entra no carro.
Porta-retrato do mar.
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