sábado, 31 de março de 2012

Da cor de cobre




Cobre a lua, nuvem cinza vermelha carregada d’agua.
sorrisos esbranquiamarelos soltos sem agulha para calar.
o caminho já conhecido percorrido pelos amores de quase meia noite, cantam músicas já cantadas.
Cobre o sorriso da lua, a cor.
Uma quase tristeza, o sorriso cor de cobre.
Também o amor, que escorre as vezes pelos olhos e mãos, cobre a cor.
A cor do amor.
Mas o sorriso cobre da lua, não cobre a saudade que fica.
Que as vezes parte.
E quase sempre fica.
Por mais desmerecedora de tal sentimento, fica.
E parte os pedaços. Soltos.
A saudade dentro do peito queima, o vazio que a falta cava.
Um dia hei de ser um terreno fértil. Para que qualquer tipo de sentimento possa ser cultivado.
Qualquer um mesmo.
Assim, nem o cobre da lua, nem a falta que você me faz, há de deixar novamente infértil.
Esse terreno frio e vazio que hoje sou; Que a lua esconde com sua cor de cobre.

Porta, retrato do mar.

Um comentário:

  1. Pensei em escrever "sem comentários" num espaço que diz "postar um comentário"... Daí pensei: que contraditório. Contraditório como o poema... eu vejo as cores quentes como o vermelho o amarelo e o cobre que as vezes cobre a lua, como um convite para aproximação, alegria... e quando ela, a lua, está azulada, cinzenta, branca e fria... com ar de despedidas, tristezas... mas o poema não é meu, é teu e não quero entender, só absorver... pra entender talvez eu precise de uma semana de dez anos. (risos)

    ResponderExcluir