quinta-feira, 17 de março de 2011

'Just take my picture. ( Apenas tire a minha foto)




...Uma semana de Dez anos; sou a burrice mais inteligente, a estrela mais apagada e as vezes uma das mais brilhantes..aquele que se esconde, não em casa, não em mim, muito menos nas ruas... e sim dentro de você, onde você só perceberá quando morrer e ter que rever toda a sua vida, então há de me encontrar lá, no fundo, ou entre algumas memórias avulsas...perdidas-esquecidas-apagadas, jogadas fora.
Posso ser seu melhor amor e sendo na maioria das vezes esse, transformar sua mente em zona de puro caos fazendo com que seu coração vá junto com a merda posta pra fora,dada descarga.
Sou o PORQUE de todos os questionamentos, sou a eterna confusão da sua mente, o eterno sufoco, a doença e também posso ser a cura para tudo isso.
Sou uma flor, meu cheiro vai longe, mas, quando o sol ousa a me murchar meus espinhos nascem sem pedir licença.
As vezes sou aquele,aquilo,aquela... as vezes sou o que você quer...e na maioria das vezes aquilo/aquele que você odeia.
Não me atrapalhe, nem me diga que já esta chato, ou que você entendeu.
Você não entendeu porra de nada, e nunca vai entender.
Essa é a única vez que hei de fazer isso...pura e complexa descrição desse ‘eu ‘ que ainda nem apareceu nessa droga de texto.
E seria uma boa pergunta para agora, onde esta esse pronome que não aparece!?
Unknown: -eu, eu,eu? Atende eu!, cadê você eu!!!?
O silencio permanece como sempre...
Então hei novamente de jogar lamurias ao vento.
Já fui do jeito que os livros me diziam, daquele modo que a musica comovia, dos filmes chatos e estéticos que nos faz ter náuseas... não durou muito, quando dei por mim, ao olhar no espelho, ele se quebrou e quando juntado foi...não me via daquela maneira que os filmes, musicas, revistas, pessoas me criaram para ser.
Não sou apenas ruim, como alguém acima citou...
Sou doce & amargo, amor& caos,lado A lado B, paz/guerra, silencio/barulho, neorose/calmaria, noite/dia/tarde, segundos/milésimos/minutos/horas, e para parar de tanta descrição viciosa que tende a não acabar... posso melhor dizer que sou como o mar, as vezes influenciado pelo vento que sopra...sopra...sopra... e as vezes não sopra.
Sim, formo redemoinhos, inundo vilarejos,saiba que esse não é o meu objetivo como mar!
Sim também, satisfaço pessoas, faço-as amar e serem amadas por toda uma data chamada eternidade, de uma maneira da qual não sempre elas se afoguem sem perceber que mais cedo ou mais tarde elas hão de precisar de força e ar para respirar, voltar para a superfície...viver novamente.
É tão chato isso né!?, por onde andarás esse Eu?
Nossa, acho que foi postergado por alguma força sobrenatural.
Por exemplo: -deixe-me pensar..., E.T.S?
Unknown:-aaahhh, não faça tu, ele, nós, Vós, eles e elas rirem , por favor né!
Já sei, alguém teve esta idéia, não sabemos quem de nós, mas, ela há de se escrever por si, pois aqui ninguém manda em nada, somos todos independentes já que o “eu’ sumiu,
Vamos tomar conta desse corpo vazio aqui presente. Ou melhor; vamos queima-lo!
Sim,Sim, vamos queima-lo.Veremos queimar tomando o nosso melhor vinho tinto e festejando algo tão maravilhosamente inútil se ir...( risadas medonhas e aplausos fazem daquele momento o começo fim de uma opera)
Então, começa um catastrofico incêndio nesse/neste corpo aqui tão morto, tão vazio, sem olhos, sem pulso, sem cabelos, sem costura até.
Tu, eles/elas, nos, vos, eles. Se vão também tão fabulosamente assim como aquele corpo que passava a não existir a cada milésimo de segundo... Tu, ainda não percebeu que sua forma vai se desfazendo.
Eles e Elas, riem tanto com a desgraça alheia que apenas naquele plano te sobra um sorriso pálido. Nós...nós não existimos mais...Vós, cantais e chorais e sangrais pois estão vendo a sua infame ida depois de tantos pecados capitais já cometidos... e Eles... eles e elas decidiram partir antes da morte os pegar, mas, no meio do caminho acabam caindo numa armadilha premeditada pela própria. Pois ela não é estúpida o suficiente para cair nesse joguinho patético tipo Roxie Hart, já sabia que Eles teriam esse ato covarde.
Todos queimaram, desapareceram, desintegraram assim como aquele corpo que ali não existia mais.
Enquanto ao “Eu”, ele as vezes nos visita... porem, no escuro, em silencio, sem respirar para não incomodar ninguém.
Eu se foi! E agora não existe nenhum de todos Nos, Vos, Eles e Elas, ele, tu...
Um dia quando essa ventania cessar, O eu há de boiar e renascer.
Enquanto isso...
Hei de deixar a coruja voar livremente sem carta alguma...para lugar algum...para ninguém.

Lùcio California

Um comentário:

  1. Caramba

    Enquanto ao “Eu”, ele as vezes nos visita... porem, no escuro, em silencio, sem respirar para não incomodar ninguém.
    Eu se foi! E agora não existe nenhum de todos Nos, Vos, Eles e Elas, ele, tu...
    Um dia quando essa ventania cessar, O eu há de boiar e renascer.
    Enquanto isso...
    Hei de deixar a coruja voar livremente sem carta alguma...para lugar algum...para ninguém.

    Lùcio California

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