Pesava um silêncio quase-tudo-que beirasse a solidão.
A morte parecia o querer como nunca ousara.
Sempre foi batalha ganha para o viver, até o momento
em que seu gêmeo decidiu queimar a identidade e despir-se
daquela imagem semelhante a tua.
Pela primeira vez, após aqueles sete anos de puro caos,
te percebi morrendo.
Também, junto a ti, sem minha permissão consciente
comecei um processo de falecimento da alma.
Meus olhos enegreceram, da forma qual, não havia distinção
entre iris, córnea e pupila.
E apesar de não haver nenhuma ligação entre mim,
e o teu gêmeo,
agora não mais, faleço.
Ora, por ti.
Sou-te, o resultado da união reprodutora pelo sentido atribuído
por vocês, o amor.
Eu sou o seu passo a frente,
antes mesmo de
tê-lo sido pensado.
A procura por resignificações conceituais são constantes,
para que,
não te apedrejes,
como fazias a mim,
em um salto altíssimo sustentado pela moral e a Verdade,
que religiosamente acreditavas.
Armas usadas também por ele,um achado Rei Sol.
Me degenero com a tua dor, por seres o meu passo dado.
Não o a frente,
anterior, o processo de movimento até pouco antes de
chegar a ele.
Eu significo o passo a frente.
Do processo entre você e ela,
sou o produto,
Vocês são o processo.
A medida que meu tato transmite a sensação de um passo a
frente.
Eu-O-Sou.
Porta-retrato do mar.
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