domingo, 24 de maio de 2015

Adiante do som








As ordens se anularam
e tomaram corpo
sons vindos do tempo.

Anterior se inicia
à sangue e ossos
à água e região
à palavra:


Dentro do espaço escuro
desconhecida habitação
espaço escuro do corpo nascem :


E se começam.

Pedaços de desejo desembrulhando a pele temperamental; cortês e insana e contorcida a matéria; lascívia , convoca carne vibrante,  contato do outro, à satisfação da volúpia, como repetidas epiléticas recaídas de um viciado em sua realidade chama à sorte a fronteira.

O corpo autônomo do controle da vida humana se apodrecendo à garganta seca e as correntes do gosto desaguando sem percurso, à qualquer deriva, ao outro, por desejos de olhos cegos que famintos se enrijecem à dor, e na força em habitar um só instante, se volteando à fora na execução, voltando-se a dois;  corpos alimentados.
Se abre o horizonte no olhar d’um n’outro a visão.

a mostra, nua
à pele
expostos sentidos e sensações
volúveis ao gozo

movidos à insistente fome
sexos alimentados
caçadores incansáveis
de sonhos, pele e sumo
vão se acabando
partes, água e tempo
sob o espectro
do inacabável desejo.

E se são em cortes fundos na carne
seus corpos de facas que se afiam
que se memoram agora
no pensamento atrás do desejo.

Porta- retrato do mar.















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